segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2018 O ANO TRAMPOLIM E GOSTO DE TI ASSIM

Este ano foi sem dúvida um mês de reencontro e aproximação de muitas pessoas bonitas e afastamento de outras e está tudo bem.

Janeiro reencontrei a minha Catarina Lobinho, podem passar anos que sempre que nos encontramos parece que foi ontem, contou-me a sua história bonita que me encheu de esperança no amor. Corri muito em modo festejo de blogue com a minha Vânia bonita. Festejei uma mão cheia da minha Pilar luz neste amor para a vida toda que trago dentro.

Fevereiro reencontrei me com uma das minha chinesas poderosas - é sempre rir até doer a barriga. Iniciei uma nova aventura com mais reencontros desta ora com as minhas alamitas queridas que me trouxe paz, desapego e serenidade - os trilhos da minha rota Vicentina, uma médica, uma fisioterapeuta, uma pintora e uma advogada numa aventura perfeita de mochila às costas.
Chorei muito neste meu mês - lágrimas essas que me permitiram ver melhor. Recebi uma festa surpresa de presente com a presença de quase todos.

Março mês trail. Mês corrida. Mês de muito trabalho. Mês em que saindo fora do trilho habitual me enfiei sozinha num hotel a descansar com tudo o que tinha direito, o nervoso miudinho era tanto que nem conseguia dormir por querer viver tudo ao segundo - Luz houses é um spot e pêras!

Abril águas mil. Saí mais uma vez da minha zona de conforto. Passei a Páscoa com as minhas famílias do coração que generosamente me receberam. Andei de karts e respirei fundo num Monchique bonito. Visitei a Madeira maravilhosa com a flor mais bonita que Deus me deu.

Maio descomplicado com o livro da minha Sofia querida.

Junho riso. Regresso aos trilhos. Mês vida do dr querido. Mês Peniche. Mês Portugal.

Julho o mês que nasceu mais uma sobrinha querida, a filha do meu melhor amigo, a minha Clara. Mês mundo. Mês de partida.

Agosto és sempre o mês Tavira. Cheio de luz. Perdas, encontros, reencontros e milagres. Uma nova aurora e o até logo da minha Marta liberdade que é sempre da minha casa e eu da dela.

Setembro quente e cheio de lições. Demore o tempo que demorar sempre encontraremos o sentido de tudo o que nos acontece. Foi duro mas banhos no Alqueva e bons amigos tudo curam. Festejamos 39 anos de casados num turismo bonito, manas unidas conseguiram preparar uma surpresa aos meus pais queridos.

Outubro e uma mão cheia da moça sineense. Viagem a Paris, Giverny e Disneyland com a minha Cátia capaz, tantas gargalhadas e lugares bonitos e voos cancelados. O primeiro trilho com os meus velhinhos.

Novembro será sempre o mês renovação. Festejo o dia 17 como sendo o dia do meu aniversário. Foi ali que a viagem começou para nunca mais parar. Dra Mariana Magalhães obrigada por cuidar com tanto profissionalismo e amor de todas as minhas dores, a ultrapassar todas as minhas crenças, a de mão dada comigo ajudar me a ser uma pessoa melhor.

Dezembro regresso a correr depois de uma lesão. Entendi que o amor que damos nunca se perde. Depois de muitas lágrimas, este foi um ano em descobri novas ferramentas para melhor me relacionar. Como estou mais confiante e mais segura tenho relações mais livres e mais empáticas e muito mais saudáveis que até então e por isso não posso estar mais feliz.

Digo que este foi o ano trampolim porque chorei muito, contudo foram lágrimas reparadoras e que me impulsionaram a sair da zona de conforto, ou seja, escrevi uma história diferente que deu mais sentido a tudo. Quando dói é o alerta necessário para fazer diferente, olhar para dentro, descobrir e redescobrir luzes novas um dia-a-dia diferente.

O que mais me marcou foi saber-me amada pela minha mãe. Parece óbvio não é? Toda gente se sabe amado por uma mãe. Eu não tinha essa certeza, pelo contrário vivia nessa insegurança. Sou a terceira, depois da minha irmã mais velha que nasceu com um problema grave de visão, e dois que estão no céu. Sobrevivi a uma cesariana e a dois quilos de gente e a uma meningite. A minha mãe sempre me viu forte, como se nunca fosse necessária para mim, mal sabia ela o que eu sofria com a falta dela. Percebemos as duas, eu que ela gostava de mim só o manifestava de forma diferente, ela que me fazia muita falta.

Relembro sempre que só seremos bons para os demais se formos bons conosco.

Obrigada, obrigada, obrigada a todos os que me ajudam a ser melhor pessoa, melhor filha, melhor amiga, melhor mulher - sinto me muito feliz por ter gente muito boa na minha vida, percebi que não são muitos mas são mesmo espectaculares.

Continuamos juntos em 2019, só peço saúde e vontade para continuar à procura da melhor versão, o resto eu sei que chega tudo sempre no momento certo. Sem planos para te receber querido ano, conto com as tuas surpresas.


P.S. Prometo escrever mais no blogue, prometo esforçar-me por ter mais luz e por isso partilhá-la com os demais.