domingo, 26 de janeiro de 2020

SEMÁFORO

Aprende-me a ler.
São os poucos os que conhecem esta emoção intercalar de quem sou, numa inconstância de quem não é só vermelho, nem verde e muito menos amarelo. Aliás de todo o seu semáforo que traz pendurado em si, o amarelo é aquele que tem mais dificuldade em lidar e em ser.
Quando o amarelo está ligado em si é porque vive momentos de angústia, se sente perdida e não sabe se avançar para o vermelho e parar ou ir prego a fundo sem olhar a quem, como um amarelo esverdeado azeitona.
São poucos mas os melhores que o conhecem e o sabem de uma forma tão ardilosa quando avançar, quando parar e quando abraçar e conduzir de acordo com esse semáforo.
Esse livro de três cores um drama, romance e comédia por vezes sem pontuação como de um Saramago se tratasse é em algum momento um arco iris sonoro que permite peões e condutores por lá passarem e desfrutarem a melhor das aventuras dançando as três cores que trazes ao peito.
 
 
 
 
 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A voz de Alice

Não te queixes ... Alice.

Meteste-te nisto. Agora. Não te queixes. Tu que dançaste a salsa e o merengue põe-te nas pontas pés e aprende a dançar a valsa no gelo de Viena.

Tu que te lambuzaste no verão aprende a descobrir a beleza do vinho quente cheio de especiarias e de travo a canela e não te queixes.

Tu sabias Alice, que não ía ser fácil e que essa aventura de verão europeu que se transformou em verão latino-americano poderia trazer o travo de um vinho que sabe a rolha. Então, não te queixes.

Aprende a surfar o inverno, mergulha no Macnamara que podes ser e acredita em ti. Continua a regar com vinho ou água tudo o que queres transformar... E não te queixes.