Contam-me que quando nasci, a minha irmã não deixava ninguém tocar-me. A mana, eu, era dela. E só dela. Juntas crescemos lado a lado. Vivemos momentos de tempestade tão nossos, comparáveis aos de um mestre com o seu barco em mar alto. Connosco cresceu um amor transparente, ímpar, infinito como este mar que gostamos tanto. A nossa relação é também como ele. Agitado que nos derruba, os irmãos sabem melhor que o nosso pior inimigo colocar o dedo na ferida que trazemos dentro. Conhecem as nossas cicatrizes e as feridas que ainda estão por cicatrizar. Apesar da agitação à superfície, por dentro, como no fundo do mar, há uma serenidade que nos responde que é sangue do meu sangue e que este amor é para sempre. A minha irmã tem uma luz especial que nem ela se dá conta do quanto me ilumina. É como um farol que me ilumina sempre, neste mar que é a vida.
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